Rádio Universitária
Uninta

ENTREVISTA ESPECIAL: Prof. José Luiz Lira e a paixão pela escrita

Nos dias 17 a 20 de outubro aconteceu a IV Jornada da Comunicação organizada e promovida pelo Centro Universitário INTA – UNINTA. Com o tema central sendo: Criou, hitou: A prática da comunicação em tempos de viralização de conteúdos, além da mostra científica. Contou com palestras, oficinas e mostras científicas.

Uma das oficinas, a de Técnicas de Escrita, recebeu o Professor Doutor José Luís Lira para ministrar o momento e colaborar com seu conhecimento e experiência. Com 17 livros publicados, o Professor com formação em direito ministra aulas na Universidade Estadual do Vale do Acaraú (UVA) há mais de uma década. Além de membro da Academia Sobralense de Estudos e Letras (ASEL), também fundou a Academia Brasileira de Hagiologia.

Em um momento com o convidado conseguimos ouvir mais sobre sua trajetória no mundo da escrita e sua paixão pelas letras e histórias que pode apresentar ao mundo por meio de seus livros.

Agência Jr.: O que você acha mais importante sobre o jornalismo escrito? 

Professor José Lira: Há uma expressão latina que diz “Verba volant, scripta manent”, ou seja, “Palavras voam, a escrita permanece”. Então, não diminuindo a importância do jornalismo falado, o escrito permanece. Permanece e, também, ensina. Abre caminhos. Faz e testemunha a história. Quantos livros não foram escritos a partir do jornal escrito? Quantas provas foram apresentadas em tribunais tendo por base o jornal escrito, seja impresso ou digital nos tempos atuais. Ainda sou saudosista do jornal impresso. Adolescente, quando recebíamos o jornal, diariamente, era um verdadeiro presente. Quando me mudei para Fortaleza para estudar, também, tinha contato diário com jornais. É sempre um privilégio folhear o jornal observando o que lhe interessa e até guardá-lo, arquivá-lo.

Agência Jr.: Sei quem tem outras formações, mas o que o jornalismo representa para você? 

Professor J. L.: O jornalismo é uma forma de expressão. Fui durante muitos anos articulista em jornais da capital, do país e, é claro, de Sobral. Escrever jornalisticamente é meio que dizer ao mundo o que você acha sobre determinado assunto. É claro que isso tem que ser com responsabilidade. O jornalista não pode criar fatos, ele tem que buscar fatos concretos para amparar ou fundamentar sua informação. Assim ela será correta e se inserirá na história.

A. Jr.: O que faz um jornalista se destacar na sua escrita?

Professor J.L.: O jornalista tem que ter conhecimento, buscar conhecimento. Conhecer não só apenas as técnicas, mas, História, o idioma pátrio, enfim, ter um leque de conhecimentos que possibilita uma escrita correta que instruirá muitas pessoas e o destacará. Por isso a gente cria vínculos com o leitor. Quando optei por não mais escrever no último jornal que colaborei semanalmente por sete anos ininterruptos, recebi muitos e-mails de leitores perguntando o porquê.  Isso quer dizer que, de alguma forma éramos lidos. E se se é lido é porque se busca a qualidade e o leitor está atento a isso.

Esse e outros conteúdos você acompanha no instagram do curso de Jornalismo do Uninta, no site da Agência Jr. de Comunicação e no canal oficial do curso de Jornalismo do Uninta no youtube

Por: Lara Bianca, Camile Mendes, Uilkemily e Nathan Monte.

Acadêmicos da disciplina de Jornalismo Digital- Semestre 2022.2

Foto: Acervo Pessoal