Rádio Universitária
Uninta

Estudante aplica conhecimentos da sala de aula no próprio negócio

Da esquerda para a direita: Prof. Amaury Portugal, coord. do curso de Administração da Fal; Gustavo Plácido, estudante de Administração Fal; Profa. Aline Siridó.

Empreender é a palavra de ordem da atualidade. Na grande mídia, a mensagem é clara e direta. Exemplos surgem de todos os lugares, desde os grandes centros urbanos até em pequenas cidade. A internet é inegavelmente um dos principais elementos que impulsionam essa tendência em todos os setores da sociedade. É nesse sentido que estudantes de todos as Instituições de Ensino Superior do Grupo Gorj (Fal, FNT e Uninta) são estimulados a descobrirem e desenvolverem seu perfil empreendedor.

Neste conjunto de matérias, apresentamos alguns estudantes que aplicaram na prática o que aprenderam em sala de aula e agora trilham um caminho de sucesso em espaços ainda pouco explorados em suas áreas de atuação.

Gustavo Plácido é estudante do 5° semestre do curso de Administração da Fal, Faculdade Alencarina. Desde seu primeiro semestre, ele busca junto aos professores alinhar o conhecimento das disciplinas com o que pratica em próprio negócio. Para uma de suas professoras, Aline Siridó, da disciplina de Contabilidade de Custos,  “ele é um aluno muito interessado e participativo”, disse.

Gustavo é o criador da Ótica Popular, uma loja dedicada a venda de lentes e armações de óculos de grau a preços populares. Hoje a loja existe tanto nos espaços físicos como virtuais. A loja física hoje se encontra a Rua Jornalista Deolindo Barreto, no Centro de Sobral. Já a virtual, está no instagran, @oticapopular35.

Antes de abrir o próprio negócio, Gustavo trabalhava numa outra empresa, de mesmo ramo, com carteira assinada. “Minha experiência com carteira assinada foi com ótica. Passei quatro anos trabalhando com isso. Saí e depois de dois anos retornei para a mesma empresa, para abrir uma nova loja no estado Pará. Depois houve um novo desafio, abrir uma nova loja em Parnaíba”, conta.

Apesar de ter adquirido experiência com boa parte do processo produtivo da venda de óculos, Gustavo só tomou a decisão de abrir mão da segurança da carteira de trabalho e apostar em si mesmo após conhecer os professores Priscila Porto, Aline Siridó e Rosemary Sales, todos do curso de Administração da Fal. “Os professores me motivaram a abrir meu próprio negócio, a aproveitar a minha experiência e aplicar o que aprendemos no curso”, explicou Gustavo.

A primeira experiência como empreendedor veio, então, em 2018. Gustavo aproveitou uma oferta do antigo empregador e começou a realizar uma prestação de serviço. O foco seria atender demandas pontuais das lojas que ele ajudara a abrir. Para isso, convidou seis amigos para trabalharem juntos. “Antes eu atuava como supervisor (venda, cobrança, entrega e pós venda). Agora meu foco seriam as vendas externas. Abriu um MEI (microempreendedor individual) para mim. Nós ganhávamos por comissão. Ficamos assim, dessa forma, por seis meses em 2018. Depois disso, avaliei que os resultados estavam em queda e ao final de julho resolvi encerrar a terceirizada” disse. Com o encerramento, conversou com uma vendedora da antiga equipe, Ana Raquel Bezerra, e começaram uma sociedade “de boca”.

“Começamos a fazer o trabalho sem loja. Com o capital que tínhamos, compramos três malas com armações, cada mala com 32 armações. Fazíamos a venda direta com consumidor. Já tinha um público devido ao trabalho anterior. Principalmente com igrejas evangélicas. No primeiro mês foram 45 vendas, em média 23 mil de faturamento. Uma boa média”. Porém a ideia era ir além. “Já tinha adquirido a maquineta do cartão de crédito, mas não tinham conseguido vender nada no cartão. Tentamos tabelas de preço diferenciado, mas ainda era um número pequeno de vendas Precisava mudar isso”.

Foi neste momento que os professores do curso de Administração da Fal ajudaram mais diretamente.  Gustavo conta que durante uma aula de campo da disciplina de Teoria da Administração, do profa Priscila Porto, foi realizada uma visita a empresa Usina Coworking. Tratava-se de um espaço empresarial compartilhado.  “Conversei com o profa. Priscila sobre a necessidade de termos um espaço próprio para atender clientes. Mas alugar um espaço próprio ainda não era possível. A profa. Priscila facilitou o contato com a Usina e, depois de algumas conversas, fechamos o contrato de 01 mês, com duas salas”. A experiência deu certo e Gustavo permaneceu neste modelo por cinco meses.

Com o espaço adquirido, precisava agora organizar melhor os custos do próprio negócio. “Passava noites em claro, fazendo os cálculos em folhas de papel ou no Word. Quando mencionei isso a profa Aline Siridó, ela me ajudou. Trouxe planilhas de custos e me ensinou a aplica-las. Isso me ajudou muito”, afirmou.

Resolvido os problemas do espaço de atendimento e da organização da empresa, era hora de ampliar o mercado. Isso foi possível no corpo de outra disciplina: Marketing de Conteúdo. “A profa Aline já havia me orientado a levar meu trabalho para a internet, seja num site ou numa rede social. Criei então um perfil no Instagran e comecei a produzir o conteúdo conforme havia sido orientado na disciplina da profa Rosemary”, disse Gustavo.

“Coloco diariamente curiosidades sore miopia, astigmatismo e outros assunto do mesmo universo. Aprendi que os clientes buscam a rede social para buscar informação e que isso tem sido praticado por grandes empresas, como a Coca-Cola por exemplo. Então eu pegava dicas com os profissionais com quem trabalhava (optometristas e oftalmologistas). Quando percebi que, em duas semanas, havia bom acesso ao Instagran da loja, comecei a informar promoções e atendimentos da loja. No primeiro mês tive três contatos, via dirtect, com geração de venda”, comemora. Gustavo optou por não comprar seguidores. Buscou fazer “trabalho de formiguinha” e conquistar seguidores reais que poderiam se tornar clientes de fato.

Gustavo afirma que o “curso me ajudou a mudar minha vida”. O empreendimento do estudante cresce a cada dia e agora ele já pensa em novas ações. “Quero atingir outro público, mais voltados ao consumo de marcas específicas”, disse.