Rádio Universitária
Uninta

Estresse universitário: A importância da saúde mental para os estudantes

Muitos estudantes passam por situações estressantes e frustrantes ao ter uma rotina diária nas universidades, alguns chegam a trancar o curso por conta da alta demanda em excesso com atividades e afazeres como aluno, trabalho e vida pessoal, além disso, uma parcela significativa se cansa mais com as longas viagens que fazem das cidades que residem até ir para a faculdade.

Perguntado sobre como a rotina cansa o estudante e o estressa, o psicólogo e professor de psicologia Marcelo Franco do Núcleo de Apoio Psicológico (NAPSI) do UNINTA ressalta os muitos desafios enfrentados nesse período “Provas e seminários são fatores estressantes. Há uma pesquisa que saiu no Reino Unido que mostra que as pessoas têm mais medo de falar em público do quê de morrer e o estudante universitário é “treinado” para falar em público porque tem que lidar com as pessoas e muito dos cursos das universidades fazem isso”, ressaltou.

Em relação à buscar apoio psicológico, o professor Marcelo destacou a necessidade de se buscar uma rede de apoios, pontuando as dificuldades. “Infelizmente a nossa rede de apoio de saúde mental é pequena, sobretudo, no interior. São poucas cidades que tem CAPS (Centro de Apoio Psicossocial), para aqueles lugares que tenham essas instituições, não tenham vergonha ou medo de ir porque muita gente ver o lugar como um espaço aonde só vai gente com transtorno mental grave e não é verdade, são atendidas várias demandas e inclusive esse do estresse que envolve as questões acadêmicas”, pontuou.

A estudante do curso de jornalismo Maria Celyne relatou como avaliações de provas agrava o psicológico dela “Como eu tenho ansiedade, tem sido cada vez mais prejudicial devido à pressão, algumas vezes por parte até de professores. Minha rotina fica bagunçada e meu estresse aumenta também, pouco me concentro e acabo tendo crises fortes.” O acadêmico Avelino Damasceno fala também “A pressão psicológica é o pior, principalmente sempre quando tem avaliação. Como eu trabalho, fico até sem tempo para estudar e aí fico sem saída quando faço a prova”, destacou.