Rádio Universitária
Uninta

A REINVENÇÃO DO RÁDIO

Com um conceito moderno e atualizado de rádio, o Sistema Paraíso de Comunicação é uma referência na cidade de Sobral e no Ceará.

 

O rádio foi uma invenção criada no final do século XIX, onde a novidade tornava possível conectar duas ferramentas de transmissão de áudios, em dois pontos distintos, por meio de ondas eletromagnéticas. Desta forma, até a primeira metade do século XX, o rádio foi o meio de comunicação mais utilizado pela a população para de informar e se divertir. A história conta que os anos 1930 e 1940 foram os “tempos dourados” da radiodifusão e suas novelas, programas de auditórios e jornais. Entretanto, mais de um século após a sua criação, o rádio segue atual e dependendo da localização, ainda é a principal forma de comunicação de massa.

Segundo a pesquisa InsideRádio 2019, realizada pelo Kantar Ibope Media , o total de 76% dos brasileiros ouvem rádio durante algum momento da semana. Desse total, 61% ouviram rádio on e offline e 38% escutaram por streaming. Em média, os ouvintes acompanharam a programação durante 4h33 por dia e três em cada cinco pessoas escutam o veículo todos os dias.

Ainda a partir dos dados divulgados pela pesquisa, o que se percebe é que os jovens também se interessam pelo rádio: cerca de 86% das pessoas entre 20 e 49 anos ouvem a mídia centenária. Já entre 10 e 19 anos, 82% são ouvintes, e entre 50 e 59 anos, 83%. No Ceará, segundo uma pesquisa realizada pelo Marplan (Instituto Internacional de Pesquisa) e IBOPE, publicada no dia 11 de Novembro de 2001. O total de 98% das residências cearenses possuem no mínimo um aparelho de rádio, nos carros 83% têm rádio e 51% possuem rádios pequenos, os conhecidos rádios de bolso.

Egressos do UNINTA, como o jornalista Leew Vasconcelos, ocupam os espaços nas rádios de Sobral e região.

Já no interior do estado, na cidade de Sobral, o Sistema Paraíso de Comunicação é uma grande referência na radiofonia da cidade. Segundo o site www.radios.com.br que mede a audiência do rádio nacionalmente, a emissora está entre as vinte mais ouvidas do estado. O egresso do Centro Universitário Inta (UNINTA) e diretor do Sistema Paraíso, Leew Vasconcelos, comentou sobre a importância do trabalho. “A chegada do sistema de comunicação foi um marco na região norte.”, afirma o jornalista.

Com o avanço da tecnologia, o rádio teve que se reinventar, já que está historicamente ligado à cultura oral. Para muitas pessoas virou um hábito de ouvir todos os dias antes de ir trabalhar, durante o almoço ou enquanto faz o preparo para uma refeição. Mesmo com o avanço das novas tecnologias o rádio não foi esquecido. Se tornando uma ferramenta flexível, adaptável e muito presente na internet.

A egressa do curso de Jornalismo do UNINTA, Aleksandra Praciano, atualmente é apresentadora do Sistema Paraíso de Comunicação falou um pouco sobre o rádio na cidade de Sobral. “A rádio está se reinventando e é o maior potencial de comunicação”, afirma a jornalista.

O estudante de jornalismo, Marcilei Sales, descobriu o amor pelo rádio ainda na infância.

Já para o estudante do curso de Jornalismo do UNINTA e radialista, Marcilei Sales, o rádio teve que passar por adaptações. “Plataformas digitais, como o podcast e redes sociais, também se tornaram aliados dos profissionais de comunicação, possibilitando que os ouvintes tenham acesso a conteúdos que ficam armazenados nas redes para ouvir onde e no horário que quiserem”, afirma o estudante que trabalha com rádio desde criança, na região da Serra da Meruoca.

Entre sistemas, canais e transformações, os programas de rádio agora são exibidos em várias plataformas digitais. Para o professor Me. Augustiano Xavier, coordenador do projeto “Alô Universitário”, que estuda e trabalha o radiojornalismo com estudantes do UNINTA, “os conteúdos mais compactados e fragmentados são características dos podcasts. Haverá um rádio pensando na lógica do podcast, do que na forma convencional”, afirma o professor.

Desta forma, este senhor com mais de um século de vida segue entrando na rotina das pessoas e demonstrando seu vigor. Para quem diz que o rádio morreu, o que podemos perceber é que o rádio se reinventou.

Nayanne Melo
Estagiária da Agência Júnior de Comunicação do curso de Jornalismo UNINTA