Rádio Universitária
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A comunidade Lésbica, Gay, Bissexual, Transgênero e Intersexual (LGBTI+) tem o dia 17 de maio como o Dia Internacional Contra a Homofobia.

DIA INTERNACIONAL CONTRA A HOMOFOBIA

A comunidade Lésbica, Gay, Bissexual, Transgênero e Intersexual (LGBTI+) tem o dia 17 de maio como o Dia Internacional Contra a Homofobia.

O dia 17 de maio é um marco para toda a comunidade Lésbica, Gay, Bissexual, Transgênero e Intersexual (LGBTI+), afinal, exatamente nesse dia, no ano de 1990, o “homossexualismo” foi retirado da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID) da Organização Mundial da Saúde (OMS), deixando de ser definido como uma doença mental. A partir de então, utiliza-se o termo “homossexualidade” e celebra-se o Dia Internacional Contra a Homofobia. A conquista possibilitou que toda a comunidade LGBTI+ ganhasse mais espaço e respeito em uma sociedade que antes via seus membros como enfermos.

A luta por reconhecimento e direitos não parou por aí. O representante do Núcleo de Diversidade Sexual de Sobral, Rogers Sabóia, comenta sobre a importância das ações realizadas e o requerimento de projetos para a cidade. “A importância das ações é avançar nas políticas públicas em prol da comunidade LGBT. Acredito que à medida que as políticas públicas vão surgindo para a comunidade LGBT, o diálogo com o legislativo vai acontecendo de maneira mais natural. Ainda há um enfrentamento por parte de alguns, mas acima de tudo temos levado a pauta do respeito à Diversidade.”, afirma.

Mas ainda assim, não é possível banir toda a intolerância do mundo, o acadêmico do curso de Jornalismo do Centro Universitário Inta (UNINTA), Gustavo Vieira, fala sobre sua experiência no Ensino Superior. “A faculdade é um encontro de culturas e costumes, apesar de ter muitas pessoas com mente aberta, durante alguns debates acabam ocorrendo deslizes e comentários negativos, que mesmo não sendo diretamente acabam afetando”, declara.

Ser respeitado sendo LGBTI+ no Brasil não é fácil, de acordo com dados retirados do Observatório de Mortes Violentas de LGBTI+ no Brasil, apenas em 2020 foram assassinadas violentamente 237 vítimas. Mas e quando se trata de um município com poucos habitantes? A moradora da cidade de Catunda, Fernanda Pires, expõe as principais dificuldades que enfrenta como transsexual. “Primeiramente é a autoaceitação enquanto mulher trans, por conta do preconceito e por tudo que irei passar, a aceitação da família, a dificuldade de trabalho, a reclusão, a sociedade com olhares te julgando, e o preconceito de cada dia, todos os dias você tem que ser forte e enfrentar esses obstáculos.”, manifesta ela.

Durante muito tempo, ignoraram as especificidades de cada grupo e classificaram toda a comunidade apenas como “gays”. Porém, com o acontecimento do dia 17 de maio isso mudou, e emergiu um novo espaço que engloba todas as orientações sexuais e identidades de gênero. A criminalização da homofobia no Brasil não existe, apesar de ter existido o PLC 122/06, que buscava estabelecer a tipificação do crime, mas a proposta foi arquivada em 2015. Ainda há muito o que conquistar, o amor jamais deve ser motivo de ódio, e nessa luta por igualdade, buscar conhecimento e ter empatia é fundamental para avançar na luta contra a intolerância.

SAIBA COMO DENUNCIAR

Disque Direitos Humanos
Disque 100

Secretaria dos Direitos Humanos, Habitação e Assistência Social (Sedhas) – Sobral.
(88) 36131704

Defensoria Pública Geral do Estado – Sede de Sobral.
(88) 36141608

Raflézia de Sousa Farias
Estagiária da Agência Júnior de Comunicação do curso de Jornalismo UNINTA